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Dia Nacional do Surdo: alunos da Faculdade Anhanguera promovem os direitos e a inclusão da pessoa com deficiência – auditiva e fala

26 de Setembro de 2023

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas surdas no Brasil passa dos 10 milhões; desse total, 2,7 milhões de brasileiros são completamente surdos

Imagem do Logo da Faculdade Anhanguera

“Faz bem participar do crescimento do outro para fortalecer o nosso crescimento como seres humanos. O desconhecido assusta; mas, aprender com o desconhecido ajuda a gente a se conhecer”.

O depoimento de Clarice Diana de Araújo Oliveira – aluna do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Guajajaras, em Belo Horizonte, Minas Gerais – sintetiza o sentimento de inclusão que o dia 26 de setembro, Dia Nacional do Surdo, aspira despertar em empresas, organizações e sociedade civil.

Instituída pela Lei nº 11.796, de 29 de outubro de 2008, a data tem como objetivo garantir a preservação dos direitos, a inclusão e o respeito à população surda do país – que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passa dos 10 milhões de pessoas; desse total, 2,7 milhões de brasileiros são completamente surdos.

O dia faz menção à inauguração do Instituto Imperial de Surdos-Mudos, em 26 de setembro de 1857, pelo então imperador Dom Pedro II – sediado no Rio de Janeiro, foi um marco para a comunidade surda do Brasil. Atualmente chamado de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), o órgão atende crianças e adolescentes, da Educação Infantil até o Ensino Médio, além de oferecer curso de Libras e ensino profissionalizante, o que contribui para a inserção do jovem surdo no mercado de trabalho.

A fim de evidenciar o Direito das Pessoas com Deficiência, listado pela Lei nº 13.146, de 2015, por meio da inclusão social e da cidadania, alunos do curso de Direito e Administração da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte, unidade Guajajaras, em parceria com o professor e orientador William Zenon, desenvolveram o Projeto Somos Únicos – que, voltado para a sociedade, objetiva ampliar o conhecimento e a integração, promovendo a conscientização e provocando reflexões pautadas na igualdade do Art. 5º da Constituição Federal, que versa: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…)”.

Inspirados pela apresentação do Coral de Surdos da extinta série musical americana GLEE, os discentes convidaram a Escola Estadual Francisco Sales, referência e especializada em deficiências da fala e da audição, para participar da ação e levar conhecimento em forma de arte para a comunidade local.

Além da apresentação do coral da escola, o projeto conta ainda com uma Cartilha Digital, com dados, leis e direitos da pessoa com deficiência – auditiva e fala.

E não para por aí: “O projeto continua. Inclusive, no próximo dia 26, Dia Nacional do Surdo, a convite da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência, será realizada uma Audiência Pública junto à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, ocasião em que haverá mais uma apresentação do coral da escola Francisco Sales e também uma abertura para fala e homenagens aos que fazem parte do projeto, assim como aos nomes relevantes que lutam pela inclusão e pela igualdade”, revela Zenon.

Márcio Henrique da Silva Santos, aluno envolvido no projeto, enfatiza o impacto positivo de ações como essa não só para os discentes, mas para a sociedade em geral. “O Projeto Somos Únicos foi fundamental para o aprimoramento das minhas habilidades profissionais porque pude colocar em prática aquilo que assevera o artigo oitavo da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Ou seja, nós, operadores do Direito e membros da sociedade, enquanto divulgamos os direitos dessas pessoas, estamos ajudando a consolidar a observância dos direitos delas”, ressalta ele.

Para Wendell Mateus dos Reis, também estudante de Direito que contribuiu com a ação, “A relevância do Projeto trata de compreender a igualdade e a inclusão, e nos motiva a buscar conhecimentos que aprimorem a comunicação, como despertar o desejo de aprender Libras”.

Lembrando que a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 2002.

Fonte da Imagem: Faculdade Anhanguera



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