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Projeto Hafura: Unopar Anhanguera de Londrina transforma a vida de mulheres em situação de vulnerabilidade social

10 de Agosto de 2023

Idealizado por Giovana Montosa, o projeto começou no Quênia; ao identificar cenários semelhantes de vulnerabilidade também no Brasil, especificamente em Londrina (PR), sua cidade natal, a fundadora inseriu a região em seu mapa de atuação

Imagem do Logo da Faculdade Anhanguera

Respirar. Esse é o significado de Hafura – nome do projeto criado para ser um sopro que impacta, impulsiona e transforma a vida de mulheres em situação de vulnerabilidade social, muitas vezes esquecidas e marginalizadas, por meio das artes manuais.

“O projeto atua no empoderamento dessas mulheres, abrindo possibilidades para que elas possam exercer um ofício e, assim, construir um caminho para a independência financeira. Além disso, o projeto dá suporte com atendimentos psicológicos e sociais, e encaminhamentos para cuidados de saúde, e proporciona a educação, o cuidado, a possibilidade de renda e a mudança na realidade de vulnerabilidade, violência e opressão em que essas mulheres se encontram; a convivência também cria uma rede de informação e empoderamento entre elas”, esclarece Lórien Crishna Zacarias, coordenadora do curso de Design de Moda da Unopar Anhanguera de Londrina, no Paraná.

A universidade mantém, ainda, um ateliê com máquinas de costura onde acontece a capacitação dessas mulheres para confecção. As atividades são semestrais e funcionam com a colaboração de organizações sem fins lucrativos e instituições locais, e a doação de matéria-prima para o aprendizado e a produção – sempre respeitando e valorizando os recursos que o planeta nos oferece, priorizando insumos e processo produtivo de menor impacto ambiental.

As participantes são selecionadas pelo Instituto Esperança, pela Prefeitura de Londrina e pela Secretaria de Políticas para Mulheres da cidade – parceiros do projeto, assim como a Unopar Anhanguera. Para fazer parte, a mulher deve ser atendida por um desses colaboradores, que realizam a triagem das alunas.

“A moda se torna uma ferramenta de transformação social, em que essas mulheres têm uma rede de apoio e são ensinadas a gerir o próprio negócio, além de criar uma base de relacionamentos. O projeto desperta, por meio da costura e das artes manuais, uma ponte para a transformação de suas vidas e da sociedade”, complementa Vitória da Silva Brandt, professora e especialista em Design de Moda, que atua diretamente na capacitação das participantes.

Aproximadamente, 200 mulheres já foram beneficiadas pela ação: “É um projeto de impacto e relevância não só no âmbito acadêmico, mas fora dele. É bem recebido e auxilia em aspectos social, cultural, ambiental, educacional e econômico de uma parcela vulnerável da sociedade. Esse cuidado integral gera autoestima, senso de comunidade, autoconhecimento, autodesenvolvimento e autonomia, mudando realidades. Se antes tínhamos essas mulheres impossibilitadas fisicamente de assegurar uma renda em um trabalho formal, emocionalmente abaladas pelas dores físicas e emocionais, e pela escassez financeira, hoje vivem uma realidade totalmente diferente e positiva”, destaca a docente.

É o propósito do projeto sendo cumprido com excelência: comunidades transformadas por mulheres valorizadas e capacitadas a gerar o próprio sustento e o de sua família.

Imagem de rosto de Lórien Crishna Zacarias, coordenadora do curso de Design de Moda da Unopar Anhanguera de Londrina, PR
Lórien Crishna Zacarias, coordenadora do curso de Design de Moda da Unopar Anhanguera de Londrina, PR
Imagem de rosto de Vitória da Silva Brandt, professora e especialista em Design de Moda
Vitória da Silva Brandt, professora e especialista em Design de Moda

Fonte da Imagem: Gettyimages



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